Rompendo o silêncio com o caos de muitos passos a perseguição continuou pelo corredor, numa corrida repleta de juras de morte e tortura. Precisava alcançar meu objetivo a todo custo, pois a captura não era mais uma opção. Não demorou para os raios de energia varassem pelo corredor ao meu redor e tirando-me pequenos espasmos de autoproteção. Decididamente continuei minha corrida até a porta, que estava a poucos metros dali.
Pelo pouco espaço que havia entre eu e a porta senti o calor dos raios de energia atingindo minha já debilitada armadura e, sentindo que a sorte poderia me faltar a qualquer momento, me joguei pela porta aberta bem a tempo de ser atingindo por raio bem na cintura. O cheiro de queimado e a dor da cauterização dizia que pegara bem abaixo das costelas. Num grito de dor animalesco, levantei-me do chão e então fui até o controlador da porta. Com um tiro no controlador a porta trancou-me dentro da sala. Por enquanto, o tempo estava a meu favor.
Mancando, me dirigi até o posto de controle. Pousei minhas mãos nos controladores. Vários botões, alertas e um gigantesco monitor onde tudo era precisamente controlado. Na janela da sala dava para ver o poço e a enorme estrutura que ali se encontrava. Seria o medo ou a ganância que motivava o homem a fazer tamanha arma?
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-O que estou fazendo?-refleti, enquanto meu coração pesava as causas e minha mente as consequências.
-Abra a porta, porco imperial!-então saí de meu pequeno transe.
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Com o incentivo a mais o coração vencera e disputa e logo minhas mãos protocolavam o lançamento. Coloquei as coordenadas, digitei as senhas e um botão vermelho pulsou no posto de controle. Olhei fixamente para ele esperando que minha hesitante mão enfim o alcançasse.
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-Aperta!-reprendi-me.-Lembre das chamas de Kirion 21. Onde está aquele que jurou cumprir a própria promessa? Aperte o botão e cumpra sua jura.
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Minha mente estava embaçada. Memórias do que vivi se entrelaçavam com as possibilidades das minhas escolhas. Seria este o destino da humanidade? Viver um eterno ciclo de atos injustificáveis por causas justas? Mas deveria aparar o mau aquele que pode cortá-lo pela raiz?
Repentinamente ouvi um ranger de metal e então percebi que os soldados estavam conseguindo abrir a porta. Foi quando enfim todas as respostas foram dadas. Os tiros foram dados. Senti a dor da carga energética perfurar meu coração, mas a minha bala logo faria com que meus agressores sentissem as mesmas dores.
Quando enfim eles se aproximaram, para ver meu corpo padecendo em vida, encontraram um morto sorrindo e tristemente perceberam que eram os únicos vivos.
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